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A reabilitação urbana é atualmente um tema incontornável quer se fale de conservação e defesa do património, de desenvolvimento sustentável, de ordenamento do território ou de coesão social.
A urgência da reabilitação urbana é hoje consensual em Portugal. Por um lado, a degradação física dos edifícios traduz-se em condições de conforto e de habitabilidade inaceitáveis para os ocupantes, muitas vezes famílias ou indivíduos que pertencem a segmentos vulneráveis da nossa sociedade. Por outro lado, a degradação do edificado afeta a qualidade do tecido urbano, influenciando negativamente a imagem, a vitalidade, a competitividade e a atratividade das nossas cidades.
Essa degradação, de um modo geral concentrada nos bairros mais antigos das cidades, é um entrave à urgente necessidade de evoluirmos para cidades mais compactas, mais funcionais e energeticamente mais eficientes, em que as edificações e as zonas mais antigas sejam encaradas como património que se impõe preservar e transmitir às gerações futuras